eu não ouço gritos
nem gemido de dor.
nada.
assusta-me a idéia de que,
nessa noite desesperadora,
ninguém mais esteja acordado no escuro
pensando em como é apavorante
estar só num mundo como esse.
não ouço lamentos
ou cantos de morte.
nada.
e eu, aqui,
no escuro,
penso em como quero o conforto do lar
o doce abraço da irresponsabilidade
e o calor das conversas amigas.
quero o frio do meu ar condicionado
e o beijo de boa noite
da mulher que está a me esperar.
quero dizer que eu amo
sem ter que arcar com as conseqüências desse ato
porque o amor não devia ter conseqüências.
quero deitar e sentir pressionando meu corpo
a firmeza da sua existência.
e quero deixar-me estar ali
enquanto o tempo quiser fluir...
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment