de quando eu te vi
debaixo daquele pé de manga
e você sorriu
e o sol subia por trás de ti
e me ofuscava a visão
e eu não te via mais.
pus a mão sobre os olhos
e quando voltei a enxergar
você não estava mais lá.
de quando eu te vi do outro lado da rua.
linda, com um vestido florido
que chegava aos joelhos
e veio aquele ônibus
que passou e te levou de mim.
de quando você estava ao meu lado,
mãos dadas,
e eu sentia o cheiro dos teus cabelos
e me sentia cheio da felicidade
e veio a multidão
que te fez soltar minha mão.
e você foi empurrada
e se foi com todo o povo que te arrastava.
e eu podia dizer
todas as maneiras
como você é levada para longe de mim
mas ficaria longo demais
e eu não tenho tempo para lamentar.
desde então,
desde que tudo isso aconteceu,
tenho passado noite e dia,
dia e noite,
pensando em formas de te ter de volta.
aliás, de volta não,
porque eu nunca te tive.
e passam horas e anos
e eu penso e penso e repenso.
e é só isso que faço,
é só isso que sempre fiz.
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