Tuesday, September 27, 2011

do que um dia, numa noite de um mês qualquer, me disseram e agora eu digo de volta, porque as coisas que vão um dia, talvez, voltem.

"não se pode tomar boas decisões
não parará
eu não posso parar"

Vento.

agora acho que entendi
o que o vento um dia me gritou.

Monday, September 26, 2011

Verdadectomia

por que com você
tudo tem que parecer
uma cirurgia
onde eu devo retirar
com cuidado,
para não machucar,
cada pedaço do que você quer me dizer?

Partes

os cabelos que lhe escorrem pelos ombros
são como as águas que descem dos sete picos,
de forma tão bela, a mudar como sonhos.

os olhos são duas lindas bolas de fogo
queimando seu combustível, todo o meu amor,
sem se preocupar com todo o meu esforço
feito para mantê-la sempre para mim.

seus lábios, fendas profundas em suas carnes,
fazem arder em mim tanto desejo,
que até me pego a imaginar, quase vejo,
minha língua a buscar cada uma de suas partes.

Sunday, September 25, 2011

3x4 Falseados de A.

é noite há tempos e é mais uma solitária
não existe consolo para mim, só você
que está longe, rodeada da história
de muitos anos que passaram sem se ver.

faz tanto tempo que é noite que já não há
mais esperança de que haja uma mudança
nem há vontade para agir e levantar,
e fazer algo nesta vida que avança.

como já é tão tarde, logo devo partir
a outros mundos, visitar novos confins
além daqui deste lugar, que tem por fim
me limitar, me prender ao somente aqui.

Friday, September 23, 2011

Métrica.

hoje quis escrever um poema mais
um poema como há tempos não faço
com rima e com métrica, bem perspicaz.
com tudo dentro de um simples compasso

feito com um pouco de trabalho,
com um belo bocado de alegria
para não me sentir solitário
na confecção desta nova poesia.

a cada passo da batalha
observa-se bem a métrica
mas talvez haja grandes falhas

na feição deste meu poema
falhas talvez não pequenas
mas certas que foram nada.