Se eu fosse capaz de enxergar
Os fantasmas que me cercam
Me perderia nessa multidão.
Tuesday, December 31, 2013
Monday, December 30, 2013
W.W.
Me pergunto quando lerei walt whitman
E o que acharei de sua leitura.
Há meses paquero as obras completas
De walt whitman
Para conhecê-lo e entendê-lo e encantar-me.
Mas será que tenho alma
Para ler e compreender walt.whitman?
Eis uma pergunta que vivo a me fazer.
Será que tenho alma?
Thursday, December 26, 2013
Renascimento.
Todo dia algo em mim morre.
E é como se todo dia fosse sempre a mesma coisa morrendo
E morrendo e morrendo
E morrendo.
Mas morrer não alivia nada.
Morrer só dói. Cada vez que a coisa morre, dói.
Hoje, ontem, amanhã.
Como se algo no mundo pudesse morrer várias vezes.
Como se houvesse essa coisa
Capaz de só morrer.
E isso vive dentro de mim
Morrendo
E morrendo e morrendo.
Wednesday, December 11, 2013
Tuesday, December 10, 2013
O poema morto.
Hoje comecei um poema,
Mas ele não teve fim.
O poema morreu no meio
Porque achei que talvez não houvesse motivo para mais um poema
(seria somente outro poema sobre as mesmas coisas de sempre).
A culpa não é de ninguém além de mim mesmo,
Fui eu quem desistiu do papel e do lápis,
Das palavras já riscadas,
Das imagens já pensadas,
E da saudade que permeava cada sílaba
E disse que nada mais seria usado
(pelo menos por um tempo).
Fui eu quem matou o poema.
Sunday, November 10, 2013
Outra noite.
A noite é tão escura
E eu lembro dos teus olhos
Que me serviam de luz
Quando o medo e o desespero lançavam seus braços em torno de mim.
A noite é tão solitária
E eu só penso nos tempos em que teu corpo
Ao meu lado na cama
Me aquecia e protegia de mim mesmo,
Afastando todos os meus pensamentos ruins.
A noite é igual a todas as outras,
Nunca vai mudar,
Era assim antes e será depois,
A diferença é que agora já não sinto teu sabor.
Monday, November 04, 2013
Frio.
A mesa tão fria
Me lembra a morte
Que um dia nos tocará com sua língua doce
E dará um fim a tudo.
A mesa tão fria,
Sobre ela não há nada,
E eu espero alguma coisa acontecer com a minha vida,
Mas nada acontece.
A mesa agora já não parece tão fria,
Mas sim a minha espinha.
Queria vomitar, fechar os olhos,
Sumir.
Queria acordar abraçado a você,
Enquanto sua voz suave me reconforta,
Me acalenta, me aninha.
Queria abrir os olhos e encontrar você rindo para mim
Com teus longos dentes brancos
E teus lábios rosas
E teus olhos verdes
E teu nariz pequeno.
Queria nunca mais abrir os olhos,
Ou fechá-los.
O frio na espinha já passou para o ambiente,
Escurece e já não enxergo nada.
Seria bom o silêncio,
Mas estamos rodeados de ruído.
Friday, October 25, 2013
Wednesday, October 23, 2013
Temor.
O aviso está pairando
E o medo ainda reina
Sobre os homens.
de forma indeterminada
De vozes irreconhecíveis
entre a pura escuridão
E a mais intensa luz.
Em algum lugar
Talvez nada dê certo.
E talvez esse lugar seja aqui.
Monday, October 21, 2013
Fazendo compras.
andava pelo supermercado
sem grandes desejos além dos de consumo,
e senti em alguém o cheiro
que, para mim, devia ser só teu.
Doeu.
Wednesday, October 09, 2013
A espera.
Espero pelo indizível.
Aguardo calado, enquanto ouço choros infantes,
Pelo tempo que escorrerá pelas frestas da porta.
E, quando menos esperar, logo será tarde demais
E um novo tempo virá
Em que tudo está escapando,
Correndo para longe
E quando me aproximo minhas mãos não fecham,
E meus pulmões não expandem
E minha boca não fala.
Espero pelo que não tem nome
Tendo a esperança que ele não venha.
Sunday, September 29, 2013
Sob sete palmos.
cavando fundo, onde o sol não chegará.
enterrar-me-ei até o mundo esquecer de mim,
até eu ser pura essência, só ideia, eu.
e então talvez eu comece a me sentir bem,
como já não sei como fazer há tempos.
enterrar-me-ei em mim mesmo
até nada mais existir.
Wednesday, September 25, 2013
Provavelmente.
Ainda acho que tenho alguma importância.
Provavelmente eu deveria parar com isso,
Mas não é algo fácil de ser feito.
Provavelmente seria o melhor para mim,
Mas o que está feito pode ter sido a pior coisa que fiz.
Provavelmente eu não deveria escrever,
Mas se eu não fizer isso,
O que farei?
Monday, September 23, 2013
Unhas.
Tuas unhas ainda crescem
E arranham as peles
Que já não são minhas.
Meus dentes estão aqui ainda
E há tempos não mordem nada além de comida,
Precisam voltar a treinar.
Quando cai a noite,
E suas unhas estão gigantescas,
Quem é que as corta com os dentes para você?
Thursday, July 18, 2013
Monday, July 08, 2013
"já faz um bom tempo, um bom e solitário tempo"
e nos entregamos um ao outro
e nos perdemos em nossos sons
e nos tornamos um só.
" luz da minha vida, fogo da minha virilidade. meu pecado, minha alma."
que você veio e me entregou o volume em mãos
e eu a possui.
(seu rosto estava fechado e eu só queria que você sorrisse, mas parece que isso era impossível,
mas mal sabíamos que as coisas ainda poderiam piorar)
meses se passaram, então,
e foi somente após longo tempo tendo-a em meus braços
que me dediquei a ela.
eu já sabia da viagem da ponta da língua pelo céu da boca
e terminando tragicamente com um encontro com os dentes.
eu já sabia como terminaria essa história.
(mas não tinha ideia de como terminaria algumas outras histórias.
algumas que pareciam que não teriam fim -
apesar de que fim é uma palavra demasiado forte para certas coisas)
e eu vi hh e cheguei até a pensar que o verdadeiro problema não era ele,
que a culpa de tudo era do amor
impróprio, indevido,
como o amor tende a ser na maioria das vezes.
e ela estava lá, condenada desde o início,
sentenciada a jamais existir além daquele espaço
daquele tempo,
já falecida, no entanto, imortal.
hoje eu lembrei dela
(e de você, veja só, que a deu para mim
com uma dedicatória que ria justamente desse fato)
hoje eu queria conhecer melhor quem a conheceu tão bem,
quem a criou e a viu crescer.
hoje queria lo
e mais.
Saturday, July 06, 2013
Comer.
e parece que a fome que sinto
não é pela carne
o arroz
o feijão.
mas também não é a fome
aquela com efe maiúsculo
Fome
que dá na gente
de vez em quando.
o que eu sinto agora
não é fome,
mas sei que preciso me alimentar.
Tuesday, July 02, 2013
Monday, July 01, 2013
"Maria era também a garrafa de aguardente."
embriaga e nos faz mal
depois de tanta alegria.
Monday, June 10, 2013
Escrever é preciso.
e não são versos o que preciso
e não é aquela prosa sobre a vida que eu preciso
e não é nem mesmo aquelas ideias fantasiosas
que sempre vivem em minha cabeça, mas nunca consigo purgá-las no papel
o que eu preciso.
nem é sobre ela
o que preciso escrever.
não há musas para o que preciso
não há sentimento
no que preciso.
é tão natural,
o que preciso,
é tão diferente
do que sempre precisei
o que eu preciso
é tão não eu
o que eu preciso.
eu preciso escrever
e escrever
e escrever
e não é sobre amor
e não é sobre morte
e não é sobre perdas
nem sobre vitórias.
eu preciso escrever
e que o café me ajude.
Sunday, June 09, 2013
Wednesday, June 05, 2013
"Pedro, tu és pedra"
e meia dúzia de emoções
e eu, como sempre, não sei o que fazer.
(mas o engraçado mesmo é eu achar que um dia saberei)
estou perdido entre cento e trinta pessoas que sabem muito bem
ou quase muito bem
o que querem,
mas sou um mar de inseguranças no qual não sei nadar.
(o irônico é que eu sou um nadador até bom)
estou perdido entre escolhas
e não saber que caminho tomar fará com que a vida não ande
e eu fique parado
como se houvesse uma pedra.
Monday, June 03, 2013
às vezes.
mas queria acreditar ter.
às vezes a melhor poesia
é o silêncio.
Sunday, June 02, 2013
arte.
e, admito,
pelo que vejo,
pelo que percebo,
você tem muito mais disso em si
do que eu.
mas tudo bem,
parece que sempre serei o menos talentoso
em tudo o que quero.
Relaxa.
e por um bom tempo vai ser
não tem como fugir
dos pensamentos e das lembranças
e das ideias
e dos medos
e das tensões
e das risadas
e das tristezas.
ainda é sobre você,
mas não sei por quanto tempo
vai que para sempre
vai que nunca mais.
Saturday, June 01, 2013
Música.
e uma sinfonia do philip glass,
mas o que eu queria ouvir de verdade
eram os teus gemidos no meu ouvido.
a luz.
é uma luz que sufoca,
aperta e machuca
ao mesmo tempo que dá esperança de ser livre,
nos deixa livres para errar.
e errar, às vezes, só nos ensina que não sabemos de nada
e que agora é tarde para se arrepender.
a luz no fim do túnel
oprime, suga o ar dos pulmões,
queima o nervo ótico.
e nos deixa incapazes de enxergar que amanhã
o caminho pode não ser tão claro
e os tijolos dourados em que caminhamos descalços,
despreocupados,
serão,
na verdade,
cacos de vidro prontos para nos fazerem cair de dor.
a estrada é pavimentada de falhas.
a luz no fim do túnel
é só o começo.
Friday, May 31, 2013
o medo.
e o sol ainda brilha lá fora, porque ainda não deixou de fazê-lo
(um dia, quando não estivermos aqui ele deixará -
ele queima por nós todos)
e o mar quebra em ondas na beira da praia,
enquanto os motoristas passam sem vê-lo,
mas algumas pessoas se estendem diante dele,
retornando ao lar.
aos poucos vai escurecendo, como sempre acontece,
mas a vida vai seguir ad infinitum
porque não há mais o escuro da noite
para devorar os homens com seus dentes de medo.
hoje o medo não tem horário.
o dia foi quente hoje, mas quando não é?
e o suor nas testas é tão comum quanto o sangue no asfalto,
não fossem as marcas, mal saberíamos que há algo de estranho.
os anjos não cantam, porque nunca cantaram
e o céu azul só é o paraíso por sua quietude,
e o quase vazio, e a tentação de ser livre por lá.
livre da vida, livre dos pesos, livre dos medos.
mas hoje o medo é onipresente
e é o único que é.
em uma hora igrejas terão fiéis dentro de si
e em cinco ou mais,
quando o medo dissipado nos cânticos voltar
as mulheres das ruas os tomarão em seus braços
e entre suas pernas os acalentarão.
porque o medo é o eterno devir.
o medo é a vida.
Wednesday, April 10, 2013
Monday, April 08, 2013
"sinto muito por tudo"
esperar ele tocar
algumas vezes
uma, duas, três,
e, quando ele estiver no quinto ou sexto toque
e viesse a certeza que você não me atenderia,
ouvir tua voz do outro lado.
seguro essa vontade porque talvez eu não tenha nada de novo a dizer
além de que meu tornozelo dói bastante depois daquela sexta feira
e que eu acho que começo a sentir a tua falta,
mas que ainda não sei se isso quer dizer alguma coisa.
seguro a vontade de segurar o fone na mão e dizer
que lamento por tudo
e que eu não queria que nos magoássemos
nunca, mas acho que é impossível isso acontecer
e creio que você não reagiria bem a esse comentário.
talvez eu até ligasse e dissesse que estou cada vez mais perdido na minha vida
e que não é só em relação a nós dois que me sinto perdido,
mas que a vida não tem se mostrado essas coisas todas para mim
e que minha maior decepção sou eu mesmo.
eu talvez até devesse te dizer
nesse telefonema que não vai acontecer
que todas as músicas que tenho escutado nos últimos dias
me fazem pensar de alguma maneira em você
e que é no meio de uma delas que escrevo tudo isso.
eu deveria te dizer que ficaremos bem
se formos bravos e gentis, se formos tranquilos e soubermos esperar.
e eu sinto muito por tudo.
Sunday, March 10, 2013
Quarto de século.
que são responsáveis por nossa existência?
Tuesday, February 26, 2013
Eternidade
é que o amor é um só,
tanto antes de deus
quanto depois,
tanto antes de mim,
quanto de você.
o amor
parece
que é até eterno.
Thursday, February 21, 2013
Peso nos ombros.
quero descansar
estou cansado
quero sumir
estou cansado
quero chorar
estou cansado
quero não existir
estou cansado
e queria não querer
estou cansado.
A Lista
pão, queijo, presunto
(evitarei outros defumados ou embutidos,
você sabe, quero comer saudável)
tomate, alface, cebola e alho
(embora eu ache que, aqui em casa, ainda tenha alguns dentes na geladeira)
peito de frango,
arroz branco (não me renderei ao integral,
por mais benefícios que traga, só me traz
más lembranças).
isso é tudo o que posso listar no momento.
Wednesday, February 20, 2013
Palavras
visto que elas são passiveis a inúmeras interpretações.
porque são fracas e às vezes nos faltam,
porque por outras vezes nos escapam
antes mesmo de pensarmos se são apropriadas,
ontem mesmo parei de utilizá-las.
viverei agora de um silêncio honesto,
o silêncio do homem que trabalha,
que faz o seu ao longo do dia
e volta ao lar para suas refeições,
para seus pratos sujos empilhados na pia,
para os copos d'água na madrugada quente,
enchendo seu estômago com o líquido porque a geladeira está vazia.
fiz essa escolha não porque não admire o uso das palavras,
mas pura e somente pela minha incapacidade de utilizá-las
da maneira correta, como o divino nosso senhor nos ensinou.
a palavra é santa
e eu sou só homem.
desde ontem, quando o sol já tinha se posto
e minha cabeça cheia de problemas
parecia que deixaria de funcionar,
decidi que as palavras não mais me cabiam.
(admito que pensei que um dia seria um dos homens que sabe trabalhar com elas,
como um ourives de sentenças precisas e preciosas,
como um ferreiro forjando as armas mais preciosas da vida dos homens,
mas não sou competente.)
e então, abandonei as palavras.
hoje o silêncio predominou em mim
e talvez tenha sido melhor. certamente não foi fácil.
por mais que tenha evitado as palavras,
ainda levará um tempo até que elas aprendam
ou entendam que elas já não são para mim
e eu já não sou para elas.
Tuesday, February 19, 2013
Na sua mente.
dormiram comigo enquanto você fantasiava
e houve em minha vida também scarlett,
dos lábios rubros e úmidos que provei com tanta sede,
tanta fome de outros amores.
joana, amanda, luíza e gretta
tiveram de mim em suas bocas,
e seus nomes estiveram na minha
e suas peles roçaram a minha
e você só imagina.
clarissa, maria, marta e natasha
me deram amor como você nunca deu
e dentro delas eu me perdi
e quase pensei que jamais voltaria de lá.
e isabelle e ione e aquela outra maria,
que tinha os olhos verdes e os pelos bem curtos
e um cheiro doce que me deixava com tanto desejo.
enquanto você sonha com todas elas,
você vai me afastando,
me jogando para longe da tua vida,
me fazendo crer que através dos teus pesadelos,
dos teus medos e desejos,
tudo o que você quer
é se livrar de mim.
Friday, February 15, 2013
O azul.
uma linha apenas
sem me preocupar com as repercussões que essa bobeira
vai causar.
não posso inventar
uma situação qualquer
sem que seja tomada como verdade
como algo imutável como o que é real.
não posso nem mesmo escrever
sobre uma música
sem que imagine o telefone a tocar
e uma voz me perguntando
por quem eu não vou chorar.
Thursday, February 07, 2013
Outra vez
e você me pergunta
qualquer coisa que não faz nenhum sentido
e, para você,
é a coisa mais óbvia do mundo.
em teus sonhos,
teus delírios,
tuas ilusões,
as sombras que se projetam têm a forma de monstros,
quando na verdade tudo o que elas são
somos nós.
Wednesday, February 06, 2013
Tesão pela vida.
penetrando minhas cortinas
e preenchendo meu quarto
toda manhã
e me fazendo enxergar ao meu lado
o corpo que faz curvas
e seduz
e me faz ficar de pau duro
todas as vezes em que começo a imaginar
sem nenhum dos panos que o cobre.
o sol me fazendo encarar a vida,
me dizendo que ali,
ao meu lado,
posso descarregar meu tesão.
Monday, February 04, 2013
Do que não aconteceu.
depois de uma manhã
cheia de pensamentos
e uma tarde
em que tentei encaixar o pouco que tenho em minha mente
com o pouquíssimo que, de fato, sei
e tudo o que queria agora
era uma boa cagada,
um bom banho,
terminar meu bom livro,
que carrego comigo há quatro dias.
mas haviam três baratas no banheiro
e eu tive que matar duas delas,
porque a terceira já era
somente uma carapaça queratinizada.
agora o corpo de uma delas flutua na água do vaso
porque a pressão d'água não foi capaz de levar
todas elas embora em um só fluxo
e a caixa de descarga daqui demora muito.
por isso escrevo esse poema,
porque atrasei um dos meus desejos,
porque agora escuto ao som gutural
do chamado à batalha
e não sei se consigo
dar aquela cagada agora,
e um banho antes de uma cagada é um banho desperdiçado.
e quanto ao livro,
ele está aqui,
mas minha inércia me impede de buscá-lo,
nesse exato momento.
o vento do ventilador é quente
como qualquer outra coisa ao redor seria
mesmo se, talvez, fosse tudo feito de gelo.
esse é o maior poema que escrevo
desde que eu me lembro,
mas isso não quer dizer que ele seja o melhor.
longe disso.
talvez esse seja um dos piores.
mas eu nem ligo.
Wednesday, January 30, 2013
Lembranças.
Monday, January 28, 2013
Das poucas coisas que eu queria dizer agora.
que essa distância entre nossos corpos
é o prólogo de uma união inseparável
e que o teu calor longe do meu
é só o prelúdio
de um espetáculo sensacional.
eu queria te dizer
que hoje eu queria estar com você,
em você,
com você.
Sunday, January 20, 2013
Conselho.
apaixonado
sinto vontade de colocar a mão em seu ombro e dizer:
"amigo, talvez essa não seja a melhor coisa a se fazer"
apesar de eu saber que não há nada para se evitar.
"vá passear na praia, vá tomar uma cerveja,
vá saltar de para quedas,
mas não se apaixone. isso não é seguro."
eu sei que meu conselho não seria ouvido.
sei que eu veria um sorriso de desprezo leve
e uma confiança no olhar
como se aquela pessoa,
fosse diferente.
quando vejo uma pessoa apaixonada
sinto vontade de pedir para que desista dessa loucura,
que fuja do que não consegui.