a luz no fim do túnel
é uma luz que sufoca,
aperta e machuca
ao mesmo tempo que dá esperança de ser livre,
nos deixa livres para errar.
e errar, às vezes, só nos ensina que não sabemos de nada
e que agora é tarde para se arrepender.
a luz no fim do túnel
oprime, suga o ar dos pulmões,
queima o nervo ótico.
e nos deixa incapazes de enxergar que amanhã
o caminho pode não ser tão claro
e os tijolos dourados em que caminhamos descalços,
despreocupados,
serão,
na verdade,
cacos de vidro prontos para nos fazerem cair de dor.
a estrada é pavimentada de falhas.
a luz no fim do túnel
é só o começo.
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