ouço as velhas canções
que me lembram tempos que vivi
e hoje já parecem tão distantes
quanto aqueles que ainda estão para passar.
espero que as mesmas canções,
as mesmas notas das mesmas melodias
me acompanhem por todo o tempo que eu precisar
e me alimentem com a força que têm,
com o espírito que criam em mim.
as velhas canções antigas,
as de amor e as de ódio,
as que dizem nada
e as que tudo falam,
em melodias rápidas e lentas
com muita ou pouca letra
às vezes nenhuma,
o silêncio.
espero que todos me acompanhem sempre
enquanto for preciso
e, quando eu já não precisar de nenhuma delas,
espero que elas me entendam,
e continuem comigo porque é bom estar junto.
canções de tardes de domingo
frias e chuvosas
canções de segundas feiras de manhã,
com o sol brilhando, torturando todos que ousam pisar lá fora,
todos os tipos de canções,
que elas me acompanhem até o berço onde deitarei e dormirei
por tempos e tempos infindos até que não acorde.
não importaria o que passou até agora
se não houvesse em minha vida
cada uma dessas canções que falo,
que ouço como se fossem somente minhas,
feitas para mim por alguém que me queria bem.
as canções de ontem tornam-se as de amanhã
e as de hoje tornar-se-ão de ontem
para serem minhas um dia, talvez.
um dia terei todas as canções do mundo
e tudo o que vivi fará sentido.
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