Tuesday, April 28, 2009

Àquela sem pseudônimo, ainda.

há o silêncio e,
na alma,
o grito
quase ensurdecedor
de desespero,
agonia e dor,
quase rasga o éter
e toma a realidade.

mas não.

essa é uma noite para resistir,
para fechar os olhos e respirar fundo
para simplesmente evitar-se,
evitar-te,
fugir de cada pensamento teu
que me vem à mente,
de cada sorriso que estou perdendo,
de cada vez que teu lábio não toca os meus.

essa é mais uma noite para se esconder
entre as cobertas e suar frio
e, entredentes não dizer teu nome quente
que quase queima minha língua.

noite de resistência
que passo escondido em meu bunker,
entre músicas e livros do passado
antes de você.

1 comment:

Ludmila said...

e, entredentes não dizer teu nome quente
que quase queima minha língua.

wow...