a mão passeia no ar
lentamente
de um lado para o outro
um leve e lento gesto de adeus:
dedos se agitando devagar
dizendo para nunca mais voltar.
o cotovelo apoiado no braço cruzado sobre o peito
os cabelos caindo sobre os olhos
que se escondem para nunca mais se mostrarem
e já não há cheiros a essa distância,
já não há vozes.
não há um sussurro final,
não há uma lágrima de saudade,
é arrependimento e alívio
que chegam a criar um leve sorriso
no canto dos lábios.
agora,
como sempre foi e sempre deveria ter sido,
há distância
e ela é maior
que entre as extremidades do universo.
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