em noites tão escuras
quanto essas do meu mundo
há um velho solitário,
mais um pobre vagabundo
que em dias tão sumidos
quanto o brilho dos seus olhos
esconde-se entre as ruas
e nas putas tem outros corpos.
tentando sempre esquecer o que passou
tentando sempre esquecer o que viveu
tentando sempre esquecer o que restou
tentando sempre esquecer...
pra não lembrar de coisa alguma
esqueceu
de quase tudo aquilo
que um dia foi só seu
agora já não tem mais
o que guardar pra si
beija a garrafa
que só traz pra ele o fim.
quase fazendo esquecer o que passo
quase fazendo pensar que ele viveu
quase fazendo acreditar que adiantou
quase fazendo ele lembrar...
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