lembro de nós acordando
assim meio que sem querer,
sem nunca querer levantar,
olhar um para a cara do outro
e rir.
aí, logo depois de brincarmos de qualquer besteira
de sorrirmos do rosto amassado um do outro,
calávamos, fazíamos as coisas de sempre,
e cada um ia viver.
você - sempre com os olhos pequenos,
mesmo depois de lavar o sono embora -
vestia suas roupas de dona do mundo,
rainha do espaço infinito de uma casca de noz
e nós, destraídos por qualquer besteira que existisse,
nos afastávamos somente para,
ao fim de cada dia, nos unirmos mais uma vez.
talvez tenha sido assim que conseguimos nos manter
por tanto tempo juntos.
ou talvez esse tenha sido o motivo de cada um ter ido para seu lado
sem se preocupar mais um com o outro.
aos poucos, vou pensando nessas coisas,
e nunca chego a conclusões satisfatórias.
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