o copo vazio me lembra
qualquer coisa que eu não deveria lembrar,
me lembra um bar onde eu não deveria estar.
o corpo vazio, sem vida, me lembra
que nem sempre é beleza que existe
que há também, entre nós todos, uma imensa falta de padrões.
a mente cheia me lembra
de tantas coisas que eu devia esquecer
me lembra noites frias sozinho pensando em quem sofreria quando eu morrer.
não há mais o que beber, o que pensar, o que escrever,
não há mais nada aqui para nos entreter
e eu fico assim, de braços vazios, pálpebras pesando,
longe da terra dos sonhos, longe da terra dos vivos.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
"há também, entre nós todos, uma imensa falta de padrões"
ah, é, sim.
o poema me lembrou o johnny boy oO
...Tuas portas dominam tuas entradas. Caluniam para teus ouvidos; escondem as chaves; mudam as fechaduras;
Nem se quisesse se libertar.
(Mas não quer!!!)
Elas sofrem para ter grande cuidado em não perturbar tua tranqüilidade.
Deixando fechada a maravilhosa janela da tela sobre o mundo libertador da poesia.
Optam por fazê-lo refletir parcialmente os argumentos que podem compor uma continuação dessa nossa vida comum ( repetindo mil vezes o mesmo drama ou fazendo esquecer as horas penosas do trabalho diário.)!
Tudo isso, naturalmente,
ratificado pela moral habitual,
pela censura governamental e internacional,
pela religião,
dominado pelo bom-gosto e temperado humor branco;
entre imperativos prosaicos da nossa realidade....
de[paranóia crítica]
Post a Comment