as moscas rondam os corpos
que há dias estão juntos para sempre.
pousam em órbitas vazias,
alimentam-se do que antes era vida.
os ratos atravessam as entranhas
de quem as transformava em tudo o que não eram,
matam seus instintos,
não deixam nada se perder.
as baratas passeiam ao redor,
passam sobre os dois como se nada fossem
e, em número, seriam capazes de carregá-los para onde for.
mas os dois estão lá,
desde que chegou a hora.
ficarão e esperarão pelo fim
de tudo
para que não haja um depois.
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