saem as notas tronchas
do meu violão
e eu sigo cantando
a velha canção
que diz que não,
meu bem,
eu não vou te deixar
partir meu coração
como você tanto quisera
e que,
ao contrário do que se pensa,
tudo o que passou
pesou para mim,
na balança de coisas importantes da vida,
tanto quanto uma pluma.
repete-se o refrão,
e todos cantam em coro,
fecham os olhos
como se a ferida se abrisse
na alma de todos -
porque já se feriram nas batalhas -,
no peito de todos.
e os gritos cortam o ar,
as cordas de nailon são cobertas pelas de carne
e alguém solfeja o instrumento que falta.
estamos todos juntos,
ao redor de vários copos vazios
e alguns cheios,
sorrindo e brincando entre amigos,
acompanhados, mas sozinhos
em seus lamentos e dores,
esquecendo ao poucos,
bem pouco,
tão pouco que quase há tempo de lembrar.
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