nas manhãs mais tristes e mais frias,
quando o orvalho ainda não quis se formar,
olho pelas janelas à procura de um lugar onde possa me esconder
de todo esse mundo de dores, de cores,
de coisas que rimam com flores.
é, eu quero fugir para bem longe de tudo isso.
quero fugir dos amores.
sim, senhoras, senhores,
nunca aprendi a viver,
mas isso não quer dizer que eu deva desistir de tentar.
houveram ontens
e antes de ontens
e outonos e primaveras,
haverão verões infernais
e invernos que congelarão minha alma,
mas nenhum deles será tão doloroso quanto os dias tristes.
sim, aqueles dias tristes.
e às vezes eu ainda choro.
a natureza nos fez fraco
para a tristeza poder matar.
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