na mesa há uma garrafa
cujo fundo gelado umedece a madeira sobre a qual descansa.
há papéis amassados jogados por todos os cantos
e em cada um deles eu tento começar um verso.
escrevo mais um à máquina.
- tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec - diz ela
e entre um verso e outro eu tomo um trago da garrafa
que agora está quente.
e eu tiro o papel recém marcado pela tinta,
amasso-o e o arremesso longe, em qualquer lugar.
a poesia está morta nesse quarto sujo.
e o meu amor morreu na virada da montanha.
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