Friday, December 01, 2006

O meu amor...

crias do nada um lugar nenhum
e esperas que eu te diga belas palavras?
desculpe-me fazer-te esperar para sempre
pelo amor que morre em meu peito.
talvez ele tenha escorrido pelas brechas deixadas no órgão
responsável pela circulação de toda minha essência
no dia em que me disseste algo
que no momento é melhor não lembrar nunca.

fico imaginando mundos perfeitos,
produtos das imaginações inférteis de um tresloucado apaixonado,
criando imagens de sorrisos, sons dos seus sussurros, gosto dos teus beijos
tão reais, menina, que por um certo tempo eu posso tê-los
sem nem ao menos realmente perceber que tudo não passa de uma ilusão
como o seu amor por mim.

alimento a crença no inacreditável,
não me julgue mal, para mim, crer em ti, é como o crente crer em seu deus
simplesmente acontece, irracional, como essa maldita chama que teima em queimar peitos
que ousa marcar minha vida com sua marca negra de decepção
aqui não há constantes, porque tudo é metafísico, inconstantes sorrisos contentes
a felicidade estampada no seu rosto me preocupa
em parte porque não sou eu o causador de todas as tuas alegrias
e muito porque eu estou triste por ti...
sua alegria é minha dor, sua dor é minha alegria
eu te amo.
é, acho que isso resume tudo.

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