os campos pintados de vermelho
cortados por rios de luz negra
são cenários de batalhas épicas,
de sonhos dantescos.
e as ondas sonoras
espalham-se pelo ar
entre gritos de guerra e os sons de espada
ouve-se a voz há muito perdida.
a dama da noite
levanta-se ao crepúsculo
porque o outono se foi
e agora virá o frio.
o sangue que corre
em suas veias nobres
é azul. gélido.
um iceberg que naufraga drakkares.
em sua vida a única cor é o branco
da neve que cai de seus olhos quando chora.
a dama da noite verte suas lágrimas no inverno
mata quem deve morrer, dá vida a quem deve viver.
seus olhos azuis encaram o vazio da morte
que sorri impiedosa.
os tratos entre as duas são feitos no mais denso silêncio.
a troca de almas deve ser calma.
e a batalha segue...
o sangue derrete o gelo
trazendo a primavera
com flores de luto.
depois da estação,
a dama se vai.
mas a morte fica.
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