Thursday, December 14, 2006

Flávia

as curvas...
os pêlos eriçados
como os espinhos do ouriço de gregório
os olhos de castanheira
permanecem mudos, inocentes...
o mundo não os corrompeu.

sua pele tão macia
a mão tocando o arco e faz o som maravilhoso
que perfuma meu ar...

você eterniza uma nota
desfaz o éter com o toque dos dedos.

e seu corpo escuro mescla-se à noite
e seus dentes brilham como as estrelas,
ébano e pérola.

e dorme comigo
para amanhã
estar com outro "amor"

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