a textura dos teus cabelos enrolando em minha mão,
se entrelaçando entre meus dedos,
tornando-se parte de mim, dominando-me em minha vã tentativa
de domá-lo.
o calor do teu olhar, a esquentar dentro de mim, meus humores
como o fogo faz com a água, só que de maneira instantânea,
imediata, fazendo com que sinta o sangue fluir mais rapidamente
e preencha locais que antes estavam vazios.
tua língua...
não posso cantar tua língua, por ser ela um pedaço de carne rosada
que me deixa sedento mesmo após me saciar,
sou incapaz de falar mais.
... não há como escrever um poema para você além desses pequenos pedaços,
não conheço outras formas,
nem estou em condições, no momento, de procurá-las,
minha mente se perde em memórias do seu rosto:
você fechando os olhos ao toque das minhas mãos
e o som baixinho do seu leve ronronar.
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