uma vez escrevi à mão versos de maiakóvski,
como se, ao escrevê-los eu mesmo, os tornassem meus,
dedicando-os a você,
que seria meu comunismo, minha ideologia, meu amor.
os versos russos que te escrevi, hoje são passado,
(lixo, cinzas, quem sabe)
e não serviram para me transformar em poeta.
continuo o mesmo homem menino
sem ideia, sem rimas, sem versos.
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