Thursday, December 04, 2008

Amor essa carta é pra você...

lembro de quando te encontrei pela primeira vez
era uma noite clara
de estrelas brilhando
num céu limpo
e lua cheia
eu te notei,
você me viu
e nós dois não precisamos falar muito
porque nossos sorrisos pareciam dizer tudo.

depois de um tempo,
um maravilhoso tempo,
conversando sobre a vida,
o universo e tudo mais
as músicas, os livros, os filmes,
você parecia perfeita
parecia entender de tudo.
era a mullher para se passar uma noite fria
ao lado ouvindo música,
tomando café ou outra bebida quente
e jogando qualquer joguinho besta.

e era fantástico
passar a semana ao teu lado,
meu bem,
eu contava as horas para poder estar com você
só estar com você.

agora eu te vejo ao meu lado
me olhando estranho
enquanto eu,
de olhos fechados,
esqueço do mundo
e até de você
por alguns míseros segundos.

e talvez você sorri,
sim, você sorri,
porque sabe que eu sou um bobo.

eu te vejo no meu colo
me dando um beijo
e dizendo para eu deixar essas coisas de lado
que você será sempre minha,
mas que agora não era hora pra essas coisas.

eu te beijo,
te digo que toda hora é hora
e você mata um sorriso.

nós sabemos que é o fim.
que por causa de uma besteirinha não seremos tudo o que podíamos ser
mas a besteira,
meu bem,
é meu amor,
meu sentimento.

e você mata o meu sorriso
e meu domingo
e nossos meses,
anos, filhos,
tudo se vai.

porque eu posso te amar
sim, eu posso te amar tanto quanto você não pode imaginar
mas nunca
poderia deixar
quem sempre esteve ali.

e eu nunca neguei meu amor,
meu bem,
a ninguém,
eu nunca disse que teria que escolher entre meu amor
e outra coisa,
eu simplesmente era amor, teu.

você sai pela porta
me deixa pensando um pouco
diz que vai fumar alguns cigarros
tomar alguns tragos
e voltar para casa.

espero que você leia esta carta
saiba que foi bom.
muito bom.

mas que eu não vivo sem esse amor,
que vem de antes de você,
que vem de antes do próprio amor.

saiba que o problema não fui eu
nunca foi,
foi você.

mas apesar de tudo isso,
eu ainda te amo
até o fim,
mesmo que queiram esquecer.

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