se morrer agora
morro porque é o que devia fazer
sem alegrias
e sem tristezas
por morrer.
se eu me for agora
para meu caixão novinho,
vou-me sem preocupações
nem muito rápido
nem devagarinho.
se eu tiver que ir
para a terra dos pés juntos
não mais estarei aqui
não terei mais outros junhos.
e se eu me for embora
para nunca mais voltar
sete dias arrastarão
a vida e em seu eixo voltará.
não, eu não sou egoísta a ponto de pedir-te que chore
sobre meu túmulo
e que me leves flores para quando não mais puder cheirar ou ver
mas, às vezes, o conhecimento
de que mesmo quando eu não estiver mais aqui
com vocês,
lembrar-se-ão de mim com sorrisos de alegria,
me faz pensar que o que vivi
foi, talvez, uma vida.
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