Saturday, March 22, 2008

Meus erros.

o quarto na penumbra
e o som tocando aquela música triste
que nem é triste, mas me deixa assim
porque me lembra você...

começo a pensar em tudo aquilo
que eu perdi
ao pensar tanto tempo em você
e termino me sentindo mais triste
por perceber que eu perdi tantas coisas
mas perderia mais ainda
se eu pudesse pensar mais ainda em coisas lindas como você.

então eu sinto aquele nó na garganta
mas não tenho lágrimas para derramar
eu não derramo lágrimas por pessoas que ainda estão por aqui...
não choro por amor, só pela dor.
sinto uma imensa vontade de levantar da cama,
ligar pra você e,
mais uma vez, a terceira, ou sétima, talvez,
declarar tudo o que sinto, senti, sentirei
só para saber se a sua desculpa continua a mesma,
se o tempo mudou alguma coisa,
e como mudou...

mas eu continuo deitado, cabeça no travesseiro fino
ouvindo a música linda
e, de olhos fechados, te vejo na minha cabeça.

você nunca me beijou,
nunca me deixou provar dos teus lábios,
mas sinto como se já tivessemos uma relação séria
e tudo isso é patético.

quebro o que seria o silêncio que se faz entre a última nota
e a primeira nota dela -
porque isso tudo está se repetindo há horas -
então, ouve-se um rouco e quebrado "patético"

lembro de quando eu pensei em tudo o que devia te dizer,
e em como você não deixaria que eu falasse tudo
porque estava cheia de dúvidas
de comos e porquês
lembro de como eu estava errado e nada saiu como o planejado
porque você não queria falar,
só ouvir.
ouvir.
ouvir.

então eu rio,
gargalho mesmo,
levanto, tusso,
bebo um gole da garrafa ao lado da cama
e resolvo que toda essa merda não vale a pena.

que você não vale a pena.

mas, porra...
ninguém consegue se enganar assim.

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