o mais interessante de tudo
é que o amor é um só,
tanto antes de deus
quanto depois,
tanto antes de mim,
quanto de você.
o amor
parece
que é até eterno.
Tuesday, February 26, 2013
Thursday, February 21, 2013
Peso nos ombros.
estou cansado
quero descansar
estou cansado
quero sumir
estou cansado
quero chorar
estou cansado
quero não existir
estou cansado
e queria não querer
estou cansado.
quero descansar
estou cansado
quero sumir
estou cansado
quero chorar
estou cansado
quero não existir
estou cansado
e queria não querer
estou cansado.
A Lista
uma dúzia de ovos,
pão, queijo, presunto
(evitarei outros defumados ou embutidos,
você sabe, quero comer saudável)
tomate, alface, cebola e alho
(embora eu ache que, aqui em casa, ainda tenha alguns dentes na geladeira)
peito de frango,
arroz branco (não me renderei ao integral,
por mais benefícios que traga, só me traz
más lembranças).
isso é tudo o que posso listar no momento.
pão, queijo, presunto
(evitarei outros defumados ou embutidos,
você sabe, quero comer saudável)
tomate, alface, cebola e alho
(embora eu ache que, aqui em casa, ainda tenha alguns dentes na geladeira)
peito de frango,
arroz branco (não me renderei ao integral,
por mais benefícios que traga, só me traz
más lembranças).
isso é tudo o que posso listar no momento.
Wednesday, February 20, 2013
Palavras
a partir de ontem decidi não mais me comunicar através de palavras,
visto que elas são passiveis a inúmeras interpretações.
porque são fracas e às vezes nos faltam,
porque por outras vezes nos escapam
antes mesmo de pensarmos se são apropriadas,
ontem mesmo parei de utilizá-las.
viverei agora de um silêncio honesto,
o silêncio do homem que trabalha,
que faz o seu ao longo do dia
e volta ao lar para suas refeições,
para seus pratos sujos empilhados na pia,
para os copos d'água na madrugada quente,
enchendo seu estômago com o líquido porque a geladeira está vazia.
fiz essa escolha não porque não admire o uso das palavras,
mas pura e somente pela minha incapacidade de utilizá-las
da maneira correta, como o divino nosso senhor nos ensinou.
a palavra é santa
e eu sou só homem.
desde ontem, quando o sol já tinha se posto
e minha cabeça cheia de problemas
parecia que deixaria de funcionar,
decidi que as palavras não mais me cabiam.
(admito que pensei que um dia seria um dos homens que sabe trabalhar com elas,
como um ourives de sentenças precisas e preciosas,
como um ferreiro forjando as armas mais preciosas da vida dos homens,
mas não sou competente.)
e então, abandonei as palavras.
hoje o silêncio predominou em mim
e talvez tenha sido melhor. certamente não foi fácil.
por mais que tenha evitado as palavras,
ainda levará um tempo até que elas aprendam
ou entendam que elas já não são para mim
e eu já não sou para elas.
visto que elas são passiveis a inúmeras interpretações.
porque são fracas e às vezes nos faltam,
porque por outras vezes nos escapam
antes mesmo de pensarmos se são apropriadas,
ontem mesmo parei de utilizá-las.
viverei agora de um silêncio honesto,
o silêncio do homem que trabalha,
que faz o seu ao longo do dia
e volta ao lar para suas refeições,
para seus pratos sujos empilhados na pia,
para os copos d'água na madrugada quente,
enchendo seu estômago com o líquido porque a geladeira está vazia.
fiz essa escolha não porque não admire o uso das palavras,
mas pura e somente pela minha incapacidade de utilizá-las
da maneira correta, como o divino nosso senhor nos ensinou.
a palavra é santa
e eu sou só homem.
desde ontem, quando o sol já tinha se posto
e minha cabeça cheia de problemas
parecia que deixaria de funcionar,
decidi que as palavras não mais me cabiam.
(admito que pensei que um dia seria um dos homens que sabe trabalhar com elas,
como um ourives de sentenças precisas e preciosas,
como um ferreiro forjando as armas mais preciosas da vida dos homens,
mas não sou competente.)
e então, abandonei as palavras.
hoje o silêncio predominou em mim
e talvez tenha sido melhor. certamente não foi fácil.
por mais que tenha evitado as palavras,
ainda levará um tempo até que elas aprendam
ou entendam que elas já não são para mim
e eu já não sou para elas.
Tuesday, February 19, 2013
Na sua mente.
catarina, roberta, francisca e antônia
dormiram comigo enquanto você fantasiava
e houve em minha vida também scarlett,
dos lábios rubros e úmidos que provei com tanta sede,
tanta fome de outros amores.
joana, amanda, luíza e gretta
tiveram de mim em suas bocas,
e seus nomes estiveram na minha
e suas peles roçaram a minha
e você só imagina.
clarissa, maria, marta e natasha
me deram amor como você nunca deu
e dentro delas eu me perdi
e quase pensei que jamais voltaria de lá.
e isabelle e ione e aquela outra maria,
que tinha os olhos verdes e os pelos bem curtos
e um cheiro doce que me deixava com tanto desejo.
enquanto você sonha com todas elas,
você vai me afastando,
me jogando para longe da tua vida,
me fazendo crer que através dos teus pesadelos,
dos teus medos e desejos,
tudo o que você quer
é se livrar de mim.
dormiram comigo enquanto você fantasiava
e houve em minha vida também scarlett,
dos lábios rubros e úmidos que provei com tanta sede,
tanta fome de outros amores.
joana, amanda, luíza e gretta
tiveram de mim em suas bocas,
e seus nomes estiveram na minha
e suas peles roçaram a minha
e você só imagina.
clarissa, maria, marta e natasha
me deram amor como você nunca deu
e dentro delas eu me perdi
e quase pensei que jamais voltaria de lá.
e isabelle e ione e aquela outra maria,
que tinha os olhos verdes e os pelos bem curtos
e um cheiro doce que me deixava com tanto desejo.
enquanto você sonha com todas elas,
você vai me afastando,
me jogando para longe da tua vida,
me fazendo crer que através dos teus pesadelos,
dos teus medos e desejos,
tudo o que você quer
é se livrar de mim.
Friday, February 15, 2013
O azul.
não posso nem ao menos escrever uma mentira
uma linha apenas
sem me preocupar com as repercussões que essa bobeira
vai causar.
não posso inventar
uma situação qualquer
sem que seja tomada como verdade
como algo imutável como o que é real.
não posso nem mesmo escrever
sobre uma música
sem que imagine o telefone a tocar
e uma voz me perguntando
por quem eu não vou chorar.
uma linha apenas
sem me preocupar com as repercussões que essa bobeira
vai causar.
não posso inventar
uma situação qualquer
sem que seja tomada como verdade
como algo imutável como o que é real.
não posso nem mesmo escrever
sobre uma música
sem que imagine o telefone a tocar
e uma voz me perguntando
por quem eu não vou chorar.
Thursday, February 07, 2013
Outra vez
o telefone toca
e você me pergunta
qualquer coisa que não faz nenhum sentido
e, para você,
é a coisa mais óbvia do mundo.
em teus sonhos,
teus delírios,
tuas ilusões,
as sombras que se projetam têm a forma de monstros,
quando na verdade tudo o que elas são
somos nós.
e você me pergunta
qualquer coisa que não faz nenhum sentido
e, para você,
é a coisa mais óbvia do mundo.
em teus sonhos,
teus delírios,
tuas ilusões,
as sombras que se projetam têm a forma de monstros,
quando na verdade tudo o que elas são
somos nós.
Wednesday, February 06, 2013
Tesão pela vida.
o sol esquentando tudo ao meu redor,
penetrando minhas cortinas
e preenchendo meu quarto
toda manhã
e me fazendo enxergar ao meu lado
o corpo que faz curvas
e seduz
e me faz ficar de pau duro
todas as vezes em que começo a imaginar
sem nenhum dos panos que o cobre.
o sol me fazendo encarar a vida,
me dizendo que ali,
ao meu lado,
posso descarregar meu tesão.
penetrando minhas cortinas
e preenchendo meu quarto
toda manhã
e me fazendo enxergar ao meu lado
o corpo que faz curvas
e seduz
e me faz ficar de pau duro
todas as vezes em que começo a imaginar
sem nenhum dos panos que o cobre.
o sol me fazendo encarar a vida,
me dizendo que ali,
ao meu lado,
posso descarregar meu tesão.
Monday, February 04, 2013
Do que não aconteceu.
eu chego em casa
depois de uma manhã
cheia de pensamentos
e uma tarde
em que tentei encaixar o pouco que tenho em minha mente
com o pouquíssimo que, de fato, sei
e tudo o que queria agora
era uma boa cagada,
um bom banho,
terminar meu bom livro,
que carrego comigo há quatro dias.
mas haviam três baratas no banheiro
e eu tive que matar duas delas,
porque a terceira já era
somente uma carapaça queratinizada.
agora o corpo de uma delas flutua na água do vaso
porque a pressão d'água não foi capaz de levar
todas elas embora em um só fluxo
e a caixa de descarga daqui demora muito.
por isso escrevo esse poema,
porque atrasei um dos meus desejos,
porque agora escuto ao som gutural
do chamado à batalha
e não sei se consigo
dar aquela cagada agora,
e um banho antes de uma cagada é um banho desperdiçado.
e quanto ao livro,
ele está aqui,
mas minha inércia me impede de buscá-lo,
nesse exato momento.
o vento do ventilador é quente
como qualquer outra coisa ao redor seria
mesmo se, talvez, fosse tudo feito de gelo.
esse é o maior poema que escrevo
desde que eu me lembro,
mas isso não quer dizer que ele seja o melhor.
longe disso.
talvez esse seja um dos piores.
mas eu nem ligo.
depois de uma manhã
cheia de pensamentos
e uma tarde
em que tentei encaixar o pouco que tenho em minha mente
com o pouquíssimo que, de fato, sei
e tudo o que queria agora
era uma boa cagada,
um bom banho,
terminar meu bom livro,
que carrego comigo há quatro dias.
mas haviam três baratas no banheiro
e eu tive que matar duas delas,
porque a terceira já era
somente uma carapaça queratinizada.
agora o corpo de uma delas flutua na água do vaso
porque a pressão d'água não foi capaz de levar
todas elas embora em um só fluxo
e a caixa de descarga daqui demora muito.
por isso escrevo esse poema,
porque atrasei um dos meus desejos,
porque agora escuto ao som gutural
do chamado à batalha
e não sei se consigo
dar aquela cagada agora,
e um banho antes de uma cagada é um banho desperdiçado.
e quanto ao livro,
ele está aqui,
mas minha inércia me impede de buscá-lo,
nesse exato momento.
o vento do ventilador é quente
como qualquer outra coisa ao redor seria
mesmo se, talvez, fosse tudo feito de gelo.
esse é o maior poema que escrevo
desde que eu me lembro,
mas isso não quer dizer que ele seja o melhor.
longe disso.
talvez esse seja um dos piores.
mas eu nem ligo.
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