são cinco da manhã
e eu estou sozinho
imaginando quando é
que serão cinco da manhã
com nós dois juntos.
Sunday, December 27, 2009
Da distância entre nós e a falta que faz o teu sorriso.
você está longe de mim
e isso não parece certo.
você se foi há dias e eu não sei por que diabos
minha cabeça não aceita a tua partida.
o fato é que o teu calor ao meu lado na cama
faz falta como raios de sol numa manhã na praia
ou a lua quando se tem uma fogueira e amigos.
você está longe de mim
como eu nunca gostaria que estivesse,
mas é assim que a vida quer que seja
e não há formar de mudar.
eu encontro o teu cheiro de vez em quando
e ele me diz que você deveria voltar logo
para que eu não esqueça dele.
eu ouço nas músicas do rádio
que você deveria voltar
porque eu não mereço um castigo tão grande
então eu concordo e sigo o meu caminho.
falta tempo ainda
e ele parece não passar.
eu sinto a tua falta, meu bem,
de formas que não dá pra falar.
e isso não parece certo.
você se foi há dias e eu não sei por que diabos
minha cabeça não aceita a tua partida.
o fato é que o teu calor ao meu lado na cama
faz falta como raios de sol numa manhã na praia
ou a lua quando se tem uma fogueira e amigos.
você está longe de mim
como eu nunca gostaria que estivesse,
mas é assim que a vida quer que seja
e não há formar de mudar.
eu encontro o teu cheiro de vez em quando
e ele me diz que você deveria voltar logo
para que eu não esqueça dele.
eu ouço nas músicas do rádio
que você deveria voltar
porque eu não mereço um castigo tão grande
então eu concordo e sigo o meu caminho.
falta tempo ainda
e ele parece não passar.
eu sinto a tua falta, meu bem,
de formas que não dá pra falar.
Massagem cardíaca, adrenalina, desfibrilador.
dessa vez
acho que a poesia morreu
e pode ter sido
nas minhas mãos.
acho que a poesia morreu
e pode ter sido
nas minhas mãos.
Rima
sinto muito se eu perdi a rima,
é que a canção ficou pra trás
e hoje eu só tenho em meu peito
a vontade de falar tudo o que vejo.
é que a canção ficou pra trás
e hoje eu só tenho em meu peito
a vontade de falar tudo o que vejo.
Friday, December 25, 2009
"O amor que eu te tenho..."
o amor que te tenho
deveria ser tão belo
quanto os teus olhos
e tão saboroso quanto teus lábios e tua língua.
o amor que eu te tenho
deveria ser quente e aconchegante
como um abraço teu numa noite fria e chuvosa.
o amor que eu te tenho
deveria ser chamado pelo teu nome,
porque assim me facilitaria muito as coisas.
deveria ser tão belo
quanto os teus olhos
e tão saboroso quanto teus lábios e tua língua.
o amor que eu te tenho
deveria ser quente e aconchegante
como um abraço teu numa noite fria e chuvosa.
o amor que eu te tenho
deveria ser chamado pelo teu nome,
porque assim me facilitaria muito as coisas.
Thursday, December 24, 2009
Minha neta, minha criança.
tenho que pedir desculpas, criança
por não mais poder cantar
enquanto pensei que seria sempre capaz
de cantar um breve lalalaiá.
por não mais poder cantar
enquanto pensei que seria sempre capaz
de cantar um breve lalalaiá.
Três e a vida.
saí de casa cedo e encontrei seu sorriso me iluminando o dia
antes mesmo de o sol fazê-lo,
e suas mãos apertando minha pele,
os braços ao meu redor,
seu calor vindo em minha direção.
mas logo tive que ir embora e não soube mais o que esperar.
no almoço eu ouço o teu riso
e até brinco contigo.
tiro um descanso breve e vou embora
sem te ver, para um fim de tarde de trabalho árduo.
quando volto ao lar,
por volta das nove,
não te encontro em teu sono tranquilo,
nem te vejo na sala assistindo à televisão.
imagino onde é que tu estarias
e procuro em todo canto,
todo lugar e nada.
alguma hora resolvo abrir o porta malas
pra tirar uma lanterna e te procurar pelo bairro, por perto.
e te encontro:
um braço, uma perna, meio tronco, cabeça.
as lágrimas jorram do meu rosto
e acho que elas nunca terão fim,
escorrem pela alma como se eu fosse secar
acabam comigo
como se eu fosse um homem,
como se eu pudesse morrer.
então eu percebo que
se é assim que as coisas são
e continuarão desse jeito,
nada mais faz sentido.
nem vida, nem morte,
nem dia e nem noite,
nem prosa e nem verso.
antes mesmo de o sol fazê-lo,
e suas mãos apertando minha pele,
os braços ao meu redor,
seu calor vindo em minha direção.
mas logo tive que ir embora e não soube mais o que esperar.
no almoço eu ouço o teu riso
e até brinco contigo.
tiro um descanso breve e vou embora
sem te ver, para um fim de tarde de trabalho árduo.
quando volto ao lar,
por volta das nove,
não te encontro em teu sono tranquilo,
nem te vejo na sala assistindo à televisão.
imagino onde é que tu estarias
e procuro em todo canto,
todo lugar e nada.
alguma hora resolvo abrir o porta malas
pra tirar uma lanterna e te procurar pelo bairro, por perto.
e te encontro:
um braço, uma perna, meio tronco, cabeça.
as lágrimas jorram do meu rosto
e acho que elas nunca terão fim,
escorrem pela alma como se eu fosse secar
acabam comigo
como se eu fosse um homem,
como se eu pudesse morrer.
então eu percebo que
se é assim que as coisas são
e continuarão desse jeito,
nada mais faz sentido.
nem vida, nem morte,
nem dia e nem noite,
nem prosa e nem verso.
Wednesday, December 16, 2009
Uma noite, um vinho, eu e você.
você está do outro lado da mesa
e eu te vejo como se fosse a primeira vez que eu botava meus olhos
em algo bonito.
tua mão segura uma taça de vinho meio cheia,
muito vazia,
e você leva o cristal aos lábios e o toca,
sorve o líquido que te embriaga.
você me nota e, então, sorri
como se não fosse importante o fato
de ambos estarmos ali.
continuo a te observar
como se faz com os animais na selva,
tua quase negligência para com os assuntos do mundo,
teu quase desprezo às pessoas,
teu olha de desinteresse por todos e tudo
me intrigam e me fazem pensar
que talvez você seja a criatura mais fantástica que eu já vi.
você se levanta bruscamente e sai, some.
eu fico com medo de nunca mais te encontrar,
mas logo me acalmo porque sinto tua mão leve no meu ombro
e tua voz clara me dizendo algo baixinho no ouvido.
e lembrarei das palavras por toda a eternidade.
levanto-me, seguro tua mão e sinto o calor que vai me servir de proteção
contra o frio por muito tempo.
e eu te vejo como se fosse a primeira vez que eu botava meus olhos
em algo bonito.
tua mão segura uma taça de vinho meio cheia,
muito vazia,
e você leva o cristal aos lábios e o toca,
sorve o líquido que te embriaga.
você me nota e, então, sorri
como se não fosse importante o fato
de ambos estarmos ali.
continuo a te observar
como se faz com os animais na selva,
tua quase negligência para com os assuntos do mundo,
teu quase desprezo às pessoas,
teu olha de desinteresse por todos e tudo
me intrigam e me fazem pensar
que talvez você seja a criatura mais fantástica que eu já vi.
você se levanta bruscamente e sai, some.
eu fico com medo de nunca mais te encontrar,
mas logo me acalmo porque sinto tua mão leve no meu ombro
e tua voz clara me dizendo algo baixinho no ouvido.
e lembrarei das palavras por toda a eternidade.
levanto-me, seguro tua mão e sinto o calor que vai me servir de proteção
contra o frio por muito tempo.
Monday, December 14, 2009
E eu sorrio.
és bendita pelo sangue que corre
nas tuas veias e artérias,
na tua língua e no teu sexo,
na tua cabeça e em tuas pernas.
nas tuas veias e artérias,
na tua língua e no teu sexo,
na tua cabeça e em tuas pernas.
Thursday, December 10, 2009
In Vino Veritas.
a jarra de vinho fica cada vez mais vazia,
enquanto a cabeça fica cheia de pensamentos.
em cada um deles eu vejo você.
enquanto a cabeça fica cheia de pensamentos.
em cada um deles eu vejo você.
Sunday, December 06, 2009
Ode.
eu exalto teus olhos,
tua boca, dentes, língua,
teu nariz e teu odor.
eu canto os fluidos no teu corpo,
a pele alva e o fluxo sangüíneo sob ela,
os poucos pêlos que te revestem.
eu santifico o teu toque,
cada passo do teu caminhar
e o calor do teu corpo inteiro.
enalteço tuas formas,
os teus jeitos
e os defeitos.
e quando não tenho mais o que fazer...
me ajoelho ante teu corpo
e digo que sou teu.
tua boca, dentes, língua,
teu nariz e teu odor.
eu canto os fluidos no teu corpo,
a pele alva e o fluxo sangüíneo sob ela,
os poucos pêlos que te revestem.
eu santifico o teu toque,
cada passo do teu caminhar
e o calor do teu corpo inteiro.
enalteço tuas formas,
os teus jeitos
e os defeitos.
e quando não tenho mais o que fazer...
me ajoelho ante teu corpo
e digo que sou teu.
Saturday, December 05, 2009
"então você acha que pode me amar e me deixar pra morrer?"
mas não é assim que procedem as coisas,
você instigou uma guerra, meu bem,
e agora ponha as mãos nas armas
e lute.
você instigou uma guerra, meu bem,
e agora ponha as mãos nas armas
e lute.
Obrigado.
eu te deixo na porta da tua casa,
te beijo, te vejo sair pra longe de mim,
a tranca se fecha, eu não ouço mais nada,
e meu peito parece que vai explodir.
eu vejo teu riso e isso me acalma,
me faz pensar que talvez valha a pena
continuar com tudo o que há por aqui,
a salvação não é celeste, é terrena.
eu ouço tua voz me chamando no escuro
do quarto, onde eu vivia a não vida
e imaginava o que-poderá-ser de tudo.
devo dizer, então, meu bem, que acordar ao teu lado,
por menor tempo que no Sonhar eu tenha ficado
é a maior dádiva que eu poderia ter.
te beijo, te vejo sair pra longe de mim,
a tranca se fecha, eu não ouço mais nada,
e meu peito parece que vai explodir.
eu vejo teu riso e isso me acalma,
me faz pensar que talvez valha a pena
continuar com tudo o que há por aqui,
a salvação não é celeste, é terrena.
eu ouço tua voz me chamando no escuro
do quarto, onde eu vivia a não vida
e imaginava o que-poderá-ser de tudo.
devo dizer, então, meu bem, que acordar ao teu lado,
por menor tempo que no Sonhar eu tenha ficado
é a maior dádiva que eu poderia ter.
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