já faz um tempo que as manhãs são mais frias
sem o calor do seu corpo ao meu lado na cama
e sua figura pequena para desenhar um pequeno volume
sob as cobertas
já bagunçadas depois de brigas sobre como elas funcionam.
já faz um tempo que os banhos vão se tornando solitários
enquanto as músicas ecoam altas no box de vidro
que se encontra manchado.
.
já faz um tempo
que o dia se tornou mais confortável
sem a sensação de que o retorno para casa
seria o símbolo de mais um retorno suado, lutado, perdido
- não há vitórias em guerras, sempre se perde.
já faz um tempo que há paz,
e isso é, no mínimo, esquisito.
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