consigo imaginar na noite de domingo
seu corpo deitado tenso no sofá
enquanto tenta não pensar
mas falha como sempre
e se angustia por não conseguir
fazer o impossível.
consigo imaginar nessa noite quente de domingo
seu corpo levantando e caminhando rapidamente
de um lado para o outro na sala de piso frio
para o corredor de piso de madeira
e os rangidos, os rangidos, os rangidos
ecoando pela casa toda, de maneira estrondosa
porque leveza passa longe,
embora seja tão leve de carregar.
consigo imaginar na noite de domingo
em que eu suo sozinho na sala do apartamento que já foi de dois
mas que agora é só
seu corpo tão distante, que continua quente
e longe e longe e longe
e em silêncio e em paz.
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