o mundo deseja ver sangue:
tristeza e sangue impregnados nas carnes
e nos ossos de todos.
o mundo anseia pela carnificina,
pelo terror, pela anti-vida,
o mundo deseja a morte da poesia
e de tudo o que é lindo.
não compreendo os motivos
dos desejos do mundo,
e nem mesmo posso fazê-lo,
pois sou apenas um, e não o mundo.
o mundo, ao ver que eu me sentiria melhor
com ele não fazendo as coisas que faz,
talvez então optasse por me tirar de seu caminho,
e eu me veria sozinho,
antes de não mais ver.
o mundo não se saciará só com meu sangue,
meus poucos litros de rubor,
sempre ansiará por mais.
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