as ruas lá fora estão cheias de vida
que pulsa de forma constante,
explodindo de tristezas e insatisfações,
transbordando sentimentos e frustrações.
as ruas lá fora pululam
repletas de pessoas
com sonhos e vontades
talentos não explorados e incapacidades.
as ruas lá fora são quase mortas
não fossem as milhares de pessoas que lá transitam
em ônibus, carros, bicicletas, caminhando sobre seus próprios pés
como o coração do carlos perguntou
"para quê tanto pé, meu deus?"
se a maioria caminha para lugar nenhum?
a lua sobe no céu lá fora,
mas se esconde por trás de meia dúzia de nuvens
porque sente vergonha de não ter por quem brilhar.
o mar mareja lá fora,
subindo e descendo sua maré,
anseia pelo momento em que devorará mais uma vez o mundo.
aguardemos.
por enquanto temos as ruas asfaltadas
liberando o calor absorvido ao longo do dia,
servindo de passarela para os notívagos e
prostitutas: mulheres
em corpos de homem, mulheres em corpos de mulheres.
temos os sons que nunca se calam
as luzes iluminando
a noite avançando.
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