olha a poesia
dita, lida, escrita,
passada tanto tempo
do tempo que foi pensada.
ainda vive a poesia
com força e fôlego em seu pulmão
um grito tão alto que assusta
amedronta e enche de temor
e raiva e vontades, desejos
de mudança da vida que existe
e existia desse mesmo jeito
quando nem nós dois estávamos aqui
(coisas que eu nunca me acostumo, meu deus,
como faz para se adaptar?)
olha a poesia
que nem eu nem você fizemos
que nenhum de nós vivemos
que jamais sonhamos
olha ela em preto e branco
- celulóide (mesmo que o papel esteja amarelado de tempo)
e tinta preta -
olha ela ali,
mas cadê você?
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment