a cada noite ela escutava
sentada na beira da cama,
na mesma estação que tocava,
as velhas músicas que tanto ama.
ela sempre com os olhos cheios
de águas que se punham a escorrer
ouvia seu passado sem medos
de um dia ela chegar a esquecer.
sem notar, pega um lenço velho,
daqueles que achou que teve um fim
e enxuga as águas de seu olhar cego
a olhar o tempo, tão perdida em si.
visões perdidas do passado,
o melhor é não ter que se lembrar
de um tempo tão glorificado
o melhor é toda noite chorar.
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