lembra de quando você me escreveu
uma carta de cinco ou três páginas
depois que eu te escrevi uma
tão longa quanto e você se impressionou
com a quantidade de coisas inúteis que eu conseguia
e ainda consigo
colocar em uma folha de papel?
bem, eu me lembro como se fosse ontem,
apesar de sua última carta para mim já ter quase
- ou mais de - um ano
e eu me pergunto se alguma outra vez você quis me escrever
qualquer palavra que fosse,
porque eu sempre penso que todas as minhas palavras
por você seriam mais claras se eu conseguisse escrevê-las,
assim elas seriam eternas, seriam
mais fortes e mais afirmativas
e talvez assim você acreditasse nas coisas que eu sempre te disse
e desse um pouco mais de valor
ao que nós dois somos,
eu e você
e esse sentimento que tenho por você e que,
por falta de um nome mais forte,
mais preciso, mais bonito,
chamo de amor, apesar de achar que talvez somente isso
não se encaixe e não se adeqüe a nós dois.
a tua carta está em minha lembrança,
o teu rosto está em minha lembrança
e eu só consigo pensar
onde está você agora,
que está tão distante que não consigo ouvir tua voz.
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