era ela quem me dizia
ao ouvido, bem pertinho,
um bom dia
daqueles mais lindos.
e era ela quem me falava,
como não quer mais nada,
que não havia mais palavra
que servisse para a pessoa amada.
e também ela me explicou
das coisas do mundo,
bem a fundo,
ensinou-me de perto o horror.
era ela que nas noites de sábado,
quando a lua se escondia por trás de nuvens,
punha a boca na minha e dizia
que não queria ir embora.
era ela que fazia o sol nascer
de formas semelhantes todas as manhãs
ela que escolheu o oeste para poer
e o outono para as maçãs.
e foi ela que escolheu nada escolher
e escolheu nunca morrer, nunca viver
e tudo mais...
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