no fechar dos olhos,
ela está lá.
grudada em minhas pálpebras,
pesando para que eu só tenha olhos para ela
enquanto ela vê o mundo.
no batimento cardíaco,
ela está lá.
procurando brechas, um lugar em uma das quatro cavidades
para largar suas malas e chamar de lar.
e toda noite ela não está.
no emaranhado encefálico,
ela está lá.
lendo tudo o que penso, entendendo o que sou.
sabe cada sentimento e, ainda assim,
trai, trai, trai.
no cano da arma fria,
ela está lá.
e me beija com sua boca quente.
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