foi como manuel quando viu teresa,
e as coisas eram mágicas e lindas e fantásticas.
parecia que tudo era inocência e desconhecimento.
a segunda vez que vi c
foi como poetas que não falam sobre amor romântico
mas descrevem uma rotina e um crescimento e desenvolvimento
e a vida já não era poesia,
mas prosa realista.
a última vez que vi c
foi como se em cima fosse embaixo
e o dentro fosse fora
e a realidade já não importasse
porque nada mais já importa,
afinal c parece sugar toda a existência e vontade
e razão
e deixar tudo mais vazio
e raivoso
e furioso
como se constantemente estivéssemos sendo julgados por um deus grego
ou judeu
fixado em vingança e motivado por ira e fúria e aniquilação.
c logo retornará
e esse fato é uma sombra
uma ameaça
um medo
uma raiva
mas ela não retorna para mim
mas para a raiva
o medo
a ameaça
que eu sou para ela também.
por que escolhemos a mesma coisa?