Falamos por não termos espaço para agir
E embora muitos de nós acreditemos
No poder da mudança
Achamos que ela não virá para nós.
Sonhamos porque é só isso que nos cabe
Não há espaço para outras coisas
Que não sejam o tecido frágil da esperança
Costurado pelo desejo de mudar.
Embora gritemos algumas vezes
Somos esquecidos ou escolhidos para sermos abandonados
Por ser assim de alguma maneira mais fácil
Nos calar entre gritos dados uns aos outros
Destruídos por dentro
Desejos mortos.